segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Digimon PDM: Episódio 01 - Casa nova, vida nova e um digimon?

Não recomendado para
 menores de 10 anos


Era uma cidade isolada, no entanto tinha tudo o suficiente para viver bem nos dias de hoje,
supermercado, shopping e escolas. Enfim o bastante, naquele momento na Rua Euzébio
Guimarães na casa 818 havia um caminhão estacionado há sua frente, de dentro dele alguns
homens desciam com móveis e entravam na casa, mais atrás um carro vermelho estaciona e dele
descem um homem de aproximadamente 35 anos e um rapaz que devia ter em torno dos 16 anos
de idade:


- Bom, vamos morar aqui filho, o que achou da casa? – O mais velho pergunta ao mais novo
que balança os ombros querendo expressar “to nem ai” e responde.


- Igual às outras... Posso ir pro meu quarto? - O senhor suspira e afirma com a cabeça:


- Vá lá Miguel, mais depois desce pra me ajudar a guardar algumas coisas.



Miguel então entra na casa e sobe para o segundo andar, entra em um corredor até uma porta a
direita, estava em seu quarto, de frente para a janela há uma cama, ao lado dela um armário de
frente pro armário do outro lado do quarto a mesa do computador e na outra parede ao lado do
armário, uma outra porta, pelo chão algumas caixas com as coisas de Miguel que havia deitado
na cama:


- Nem sei por que desempacotar isso... – Ele fecha os olhos e acaba adormecendo em seguida.


A tarde já terminava e no telhado de uma casa uma espécie de desdobramento interdimensional
se abre e dele sai uma criatura:


- Ai, ai... Onde eu estou? Isso aqui não parece meu mundo.


Já havia amanhecido Miguel finalmente havia despertado e descido usando apenas cueca para
a cozinha que ainda tinha algumas caixas devido à mudança, o rapaz se senta em uma das
cadeiras e coloca café em uma caneca azul:


- Você vai se atrasar. – Raul o pai de Miguel entra na cozinha vestindo uma camisa social
branca e uma gravata preta enquanto segurava um jornal:


- Me atrasar pra que? – Miguel fala enquanto bebe seu café:


- Ora pra escola. – Raul para por um segundo enquanto vê seu filho cuspindo café e engasgando
– Não achou que iria ficar vadiando né?


- Mais estamos no meio do ano! – Miguel agora tinha se levantado e encarava seu pai assustado
e emburrado. – Alem do que essa escola só deve ter gente burra.


- A não fala assim, eu vou trabalhar hoje e seu uniforme esta no banheiro, aliás, deu sorte ontem
acabaram as férias de meio de ano, vai ser tipo um começo de aulas. – Raul já saia pela porta
enquanto dá um breve aceno de costas e em seguida se vai.


- Saco... – Emburrado, Miguel vai até o banheiro que já estava todo arrumado lá encontra uma
camisa do colégio o Sebastião Almeida, debaixo da camisa tem um envelope com os dados do
colégio, endereço, aulas e tudo mais alem de uma grana para o lanche:


- Vou ter mesmo que ir... – O rapaz suspira e entra para o chuveiro, sua aula começava em
menos de uma hora.


O pequeno ser que havia chego ao mundo humano no dia anterior descansava em uma copa de


árvore, dormia pesadamente até que num movimento inadequado ele cai no chão:


- Au! Droga, já é de manhã, mais ainda não sei onde estou.


Ele começa olhar a sua volta, havia muitas árvores e em alguns postes de luz apagados, pássaros
cantavam e o sol matutino ganhava cada vez mais força:


- Que fome... – Começando a farejar pelo ar, ele capta o cheiro de algo assado e começa a seguir
até sua fonte chegando a uma padaria. – Comida...


- Deseja alguma coisa senhor? – O padeiro que estava de costas arrumando alguns pães se vira e
se depara com um ser baixinho, laranja, narigudo e dentuço lembrando um dinossauro. – O que
diabos é você?


- Comida... – Agumon sequer ouve a pergunta do homem e já avança na direção dos pães,
porem é impedido por uma vassourada do padeiro desfere o assustando e afugentando-o.


- O que diabo foi isso? – O homem vai até a porta de seu estabelecimento a procura de Agumon
que já havia sumido de vista.


- Pai to indo! – Um rapaz descia as escadas tinha cabelos negros, curtos e espetados, vestia
uma calça jeans com tênis de futebol de salão vermelhos com detalhes prateados e a camisa do
colégio Sebastião Almeida e levava uma mochila jeans presa por uma alça no seu ombro.


- Ora essa menino, pra que vai de chuteiras? – Jorge o padeiro que devia ter em torno dos
40 anos vai até Felipe seu filho, eram bem parecidos apenas que Jorge era mais gordo e já
apresentava a calvície disfarçada por seu boné de padeiro.


- Ah seu Jorge, eu curto muito elas. – Felipe era um desportista, amava futebol com todo seu
coração, um ótimo jogador, capitão do time do colégio, os rapazes queriam ser como ele as
meninas o queriam. Apesar de ser tipicamente o maioral era uma ótima pessoa, sempre ajudava
seu pai na padaria quando tinha um tempo livre. – Ah pai avisa a mãe que deixei meu uniforme
pra lavar e que preciso dele pra amanhã. Até mais! – Felipe sobe em sua bicicleta e sai em
direção ao colégio, no caminho passa por Miguel que caminhava desanimado usando jeans
também com um par de all stars nos pés, camisa do colégio e uma mochila com alça atravessada
em seu peito:


- Cara faz tanto tempo que não vou à escola... De que adianta essa? Vamos nos mudar logo
mesmo... – Bastante desanimado ele ainda caminha por duas quadras, até chegar à frente de um
prédio que tinha uma grande faixa com os dizeres:


“Colégio Sebastião Almeida, com a nossa mente pensaremos diferente!”


- Que frasezinha clichê... – Miguel entra no pátio do colégio e se apresenta na secretaria
onde lhe dizem qual sua sala, porem ainda faltavam cinco minutos para o sinal tocar então
ele volta para o pátio onde se senta em um banco e observa os alunos que estavam no
momento “Voltamos das férias e como é bom te ver”. – Escolas... Nunca mudam... Pra falar a
verdade só o elenco que muda a historia é a mesma. – Ele ainda observa por um tempo até que
o sinal toca e os alunos seguem para suas classes deixando-o perdido. – E agora? Onde fica a
turma... 2001?


Ao olhar ao seu redor vê que sobram apenas poucos alunos e decide então perguntar ao mais
próximo, um rapaz de cabelos vermelhos fogo, usando um casaco amarrado na cintura com um
tipo de tênis diferente que mais lembrava um sapato, quando Miguel o toca no ombro para lhe


chamar a atenção acaba recebendo um empurrão que o joga ao chão:


- Qual o teu problema? – Já de pé, Miguel se levanta e encara ao rapaz que olhava de lado
notava-se que tinha a feição séria e calada, Miguel novamente pergunta: - Ouviu não? Qual o
problema cara? – O ruivo agora estava totalmente de frente cerra os punhos notando isso Miguel
dá um passo para trás. – Quer brigar?


- Esse seu tom de voz... – Nunca em sua vida Miguel tinha ouvido uma voz tão seca antes
não continha nenhum tipo de emoção ele nunca tinha ouvido nada assim nem em máquinas.
– Me irrita, vou acabar com você aqui e agora. – Miguel ao ouvir a frase tenta reagir mais já
percebe que estava na frente de um punho do garoto que havia tentado lhe socar, sem reação ele
apenas fecha os olhos esperando o impacto porem nada acontece, quando ele reabre os olhos
vê que um outro rapaz de cabelos negros havia entrado em sua frente e provavelmente recebido
o soco. – Já falei para ficar fora do meu caminho Felipe... – O ruivo fala para Felipe que no
ultimo segundo havia entrado entre ele e Miguel, Felipe que segurava o punho do rapaz o solta
fazendo-o dar um passo para trás:


- Fazer o que não ia te deixar bater no novato Alan. – Alan era o nome do ruivo que agora
olhava para Felipe e Miguel que estava mais atrás, o rapaz se vira e segue seu caminho:


- Dessa vez passa Felipe, da próxima eu quebro suas duas pernas. – Ele entra no corredor e
some virando a esquerda em seguida.


- Pode deixar Alan! – O jogador grita e volta sorrindo para Miguel lhe estendendo a
mão para levantar. – Relaxa cara, só fica longe do Alan que ele vai te deixar em paz.


- Ca... Cara o que aconteceu aqui? – Extasiado Miguel mal pode acreditar no que havia
acontecido nos últimos segundos, ele se levanta com a ajuda de Felipe que toma o papel com as
informações da turma da qual Miguel havia sido indicado.


- 2001? Vem comigo sou da mesma turma. Há e não deixa isso te intimidar, mais vamos
estamos atrasados! – Felipe sai correndo seguido por Miguel eles entram no mesmo corredor
que Alan tinha entrado mais não havia sinal do ruivo, passam por algumas portas e fazem uma
curva para a esquerda do final do corredor parando em uma porta com o número da turma no
vidro. – É aqui. – Em seguida ambos entram na sala.


- Estão atrasados mais como é volta das férias eu deixo passar – O professor tinha cabelos
grisalhos e uma cara estranha, olhos esbugalhados e um sorriso louco ele devia ter em torno
dos 50 anos. – Ah você deve ser o aluno novo! Felipe vá se sentar. Pessoal esse é Miguel
Fontes vai estudar com vocês a partir de hoje soube que as notas dele são excelentes, tratem
ele bem e sejam amigos... Meninas esse cara parece ser um bom partido, aliás, meu nome é
Eduardo Nobreza, mais todos me chamam de Nobreza, agora vá sentar. – Miguel se sentiu
bastante incomodado com as palavras do professor e queria logo sair de perto dele, procurando
pela sala viu Felipe apontar para seu lado que tinha uma cadeira vazia e sentindo-se aliviado
sentou ao lado do seu recém conhecido, no caminho até a cadeira alem do desconforto de estar
sendo claramente observado pela turma ele passou pelo meio de quatro meninas que soltaram
pequenos risinhos quando ele passou uma delas devia ter descendência japonesa chamou
bastante atenção de Miguel mais para sua tristeza foi a única que não lhe deu atenção.


- E ai cara, putz esqueci de dizer meu nome é Felipe Monteiro. – Miguel se apresenta também e
logo enquanto o Professor Nobreza dava sua aula que era de física por sinal, ambos conversam.
– Bom essas escola aqui é legal e tudo mais o Nobreza é gente boa apesar da aparência de
doido, mais tem de ficar atento na matéria dele. Felipe foi apontando e dizendo o nome de um
por um até chegar à japonesa que chamara a atenção de Miguel – Aquela é a Luiza e não ela não
tem namorado. – Felipe abafa o riso enquanto Miguel fica envergonhado.


- E quem disse que eu queria saber? – Ele tenta disfarçar seu interesse, mais Felipe ainda


completa dizendo.


- Aquela virada de pescoço quase “Exorcista” que você deu, mais relaxa sei ficar quieto. – Eles
conversam por mais algum tempo até que o professor termina de escrever no quadro e se vira
então todos os alunos se calam como se não estivessem conversando:


- Bem quem pode resolver isso? Renato? Luis? André? Alan? – Quando o professor diz o
ultimo nome a espinha de Miguel gela, ele olha para todos os lados mais só quando Felipe lhe
chama atenção e aponta para trás que ele percebe, lá no fundo, bem no fundão da sala estava
Alan com os pés em cima da mesa olhando para o professor. – Ninguém né, vamos ver então
Miguel sabe resolver isso?


- Sei sim... – Enquanto Miguel se levanta e vai até a lousa ele olha para Alan que o fitava com
aquele olhar frio e inexpressivo, parecia que naquele momento só existiam ambos naquela sala,
Miguel se sentia como um coelho prestes a ser atacado por um leão, então vai até a lousa e
resolve o exercício sem dificuldades.


- Excelente muito bom mesmo! Pode ir se sentar, vejo que temos um novo páreo duro pelo
melhor aluno! – Nobreza abria os braços e fechava como um pássaro tentando voar isso
arrancou risadas de muitos, mais Miguel ainda se sentia balançado e temeroso por estar tão
perto assim de Alan que sequer nota as ações transloucadas do professor e se senta em seu
lugar, Felipe ao ver isso trata logo de explicar.


- Alan Silva, pit boy numero um daqui da cidade, ninguém meche com ele nem os bandidos,
ninguém o entende também as vezes, ele resolve atacar alguém como fez com você, uma vez
ele veio para cima de mim brigamos e tudo porem não teve vencedor, algumas pessoas dizem
que quando acha uma “presa” que realmente vale a pena ele usa suas armas, um par de tonfas
que sempre carrega mais eu nunca vi. - Vendo a cara de quem ia perguntar Felipe já completou
sorrindo - Acho que não me achou forte o bastante para ele.


- Rapeizessss, silencio... – O professor chama a atenção dos dois que voltam a prestar atenção
na aula.


Logo a aula de física acabou e o sinal para o intervalo tocou, Felipe mostrou o colégio a Miguel
apresentou algumas pessoas e até colocou o rapaz em seu time de futebol que apesar das
constantes “pernas de pauzadas” de Miguel conseguiu vencer por 1 x 0 gol feito por Felipe.
Pela cidade ser pequena e ter um programa de entreter o jovem, haviam clubes e muitas coisas
extra-curriculares na escola o que levava o turno começar as 8:00 e acabar por volta das 17:00.
Miguel havia se despedido de Felipe e conhecido a padaria da família do rapaz, no caminho de
volta ele recebe uma ligação em seu celular “Oi, filho vou chegar tarde hoje, compra alguma
coisa no mercado e come não me espera acordado ta bom?”, Miguel agora saia do mercado com
uma sacola de compras nas mãos:


- Pai folgado, desnaturado e ainda me deixa pra arrumar a mudança toda sozinho... – Andando,
ouvindo o seu Ipod e pensando no que havia acontecido naquele dia ele acaba entrando em uma
rua deserta porem nem se liga o fato, naquele momento só algo o assustava: Alan. Caminhando
pela rua de repente ele tromba em alguém quando levanta a cabeça e abre os olhos torcendo
para não ser a pessoa que não deveria ser ele dá de cara com um dinossauro laranja que parecia
faminto pela baba escorrendo de sua boca:
- Hein?
Continua...

Não perca o próximo episódio!:  Digimon, digimundo, digisoul...???

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