segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Digimon PDM: Episódio 03 - Faça sua vontade, Desperte Digisoul!

Não recomendado para menores de 10 anos

Três dias haviam se passado desde o incidente com Alan. Miguel continua indo a escola muito a contra gosto mais vai, durante as aulas ele mantem Agumon em sua casa. “Nada que desenhos e comida não o deixem distraído por horas.” Por ter entrado no meio do ano e não ter freqüentado escola alguma antes, acabava ficando depois das aulas para fazer as provas passadas e obter alguma pontuação, assim terminava saindo mais ou menos no mesmo horário que Felipe saia do treino e voltava sempre conversando com o jogador, se tornando bons amigos.

- Sabe cara, porque não faz o teste pro time? – Felipe caminhava ao lado de Miguel pela rua, geralmente o jogador ia e voltava de bicicleta, só que como Miguel não tinha uma ele amistosamente caminhava ao lado do rapaz. – Vem jogar com agente vai ser show... Miguel?

- Ah... Nem sei cara, num sou bom de bola não... – O rapaz estava pensativo, desde a briga com Alan no parque, o ruivo havia desaparecido da escola, ninguém o tinha visto ou ouvido falar dele ultimamente, segundo Felipe às vezes isso acontecia, só que o fato incomodava a Miguel. Eles caminham por mais um pouco, até ficarem na frente da padaria da família de Felipe que logo se despede e entra. Miguel morava a duas quadras de lá e rapidamente chega em casa. – Cheguei...

- Ainda bem Miguel, os biscoitos acabaram! – Agumon descia correndo as escadas, seu focinho cheio de farelos de biscoitos. A casa ficava a maior parte do dia vazia como Miguel saia cedo pro colégio e só voltava no final da tarde e Raul seu pai era um pesquisador de campo, às vezes ficava dias fora ou então chegava muito tarde, assim o perigo dele encontrar Agumon era praticamente nulo, era só o dinossauro ficar longe das janelas. – Você demorou...


Miguel joga sua mochila no canto da sala e tira os sapatos e meias, enquanto Agumon corre até a mochila do rapaz para pegar o resto do lanche e devora-lo ali mesmo. O garoto vai devagar, subindo as escadas até o banheiro onde após tirar as roupas imediatamente entra no chuveiro e começa a pensar. “Digisoul... Aquela explosão... Alan...” Ele tentava se entender tudo que Agumon havia lhe explicado só que ainda tinham muitos buracos na história, nem seu intelecto conseguia compreender. Logo o banho termina e Miguel sai do banheiro, Agumon assistia a desenhos e sequer nota quando o rapaz entra no quarto e se veste. – Vou preparar a janta...

Felipe já havia tomado seu banho e jantado, estava em seu quarto o qual dividia com seu irmão menor Matheus. Matheus era quase idêntico a seu irmão, se davam muito bem exceto pelo fato do garoto querer ser goleiro e seu irmão mais velho atacante principal. Ele lia uma revista esportiva, deitado na cama de cima do beliche que dividia com Matheus que estava no andar debaixo vendo televisão. O quarto deles era bastante simples com um beliche onde Felipe dormia em cima, um guarda roupas os quais eles também dividam, uma mesa para estudos e outra para o computador. Pelas paredes vários pôsteres de jogadores famosos e no meio do quarto um tapete redondo no formato de bola de futebol.

- Cansei... – O rapaz para de ler e joga a revista sobre o peito, em seguida fica olhando pela janela, o céu que estava bem estrelado o que faz com que Felipe salte da cama e vá até a janela, estrelas, algo que o cativava bem se não quisesse ser jogador profissional com certeza seria astrólogo, era uma noite quente, mais até que o normal. – A quer saber... Fui! – Felipe desce correndo as escadas de sua casa, se despede de sua família e resolve dar uma volta pela rua. Aqueles tipos de noites eram as favoritas dele.

Prédio Gonzáles.

Um prédio comercial, muitas pessoas subiam e desciam por ele todo dia, lá era tratado todo tipo de negócio, as salas eram alugadas e em uma delas especificadamente no número 605 no sexto andar, um homem estava trancafiado em uma espécie de escritório. Parecia estar cansado, ao seu lado uma xícara de café aparentemente frio, ele digitava rapidamente códigos extensos e confusos, é quando alguém aparece as suas costas:

– Ainda ai? – A voz cansada e arrastada de outro dia era agora enérgica e estranhamente robótica.

 – Sim estou chegando perto, posso sentir, desde aquela explosão de digisoul, sinto que algo mudou... – Ele quase grudava seu nariz contra a tela do computador, rapidamente toma um gole do seu café e continua a digitar. – Como presumi é impossível àquela quantidade de digisoul aparecer e desaparecer assim do nada tão repentinamente...

- Então presumi o certo... Interessante. – O dono da outra voz parecia estranhamente intrigado. – Uma fonte dormente...

- ....e extremamente poderosa. – O homem no computador completa. – Se uma fonte como essas realmente despertar e for mal utilizada...

- Eu sei... E então pode rastrear? – A outra voz se aproxima da tela do computador e olha tentando entender os fluxogramas que apareciam na tela. Ao ser iluminado pela única luz da sala o dono da estranha voz se revela um ser arrendodado parecido com uma engrenagem só que vermelho e amarelo, ele flutua até o computador e fica observando ao redor. – E então Silas, me responde!

Silas era o homem que digitava em seu computador, ele retira os óculos e começa a limpa-los, em seguida os recoloca e digita mais algumas coisa e por fim conclui. – Sim até posso mais vai demorar, a menos que dê uma ajudinha... – Ele ergue seu dedo indicador e na ponta do mesmo uma chama de códigos binários de cor cinza se ascende, Silas dá um pequeno sorriso e já voltaria a digitar quando Solarmon chama sua atenção para a janela do escritório.

- Olha, parece que não vamos precisar disso... -  O digimon engrenagem voa até a janela, Silas se levanta e vai até ele. – Fenda Digidimensional. – Solarmon fala para o nada, mais seu parceiro parece entender tudo.

- Tem algo... Ou melhor dizendo alguém e é dos grandes vindo para cá... – A feição de Silas que antes era cansada agora estava séria e fechada. – Vamos! – Rapidamente ele corre em direção a porta, no caminho pega seu paletó enquanto Solarmon o segue para fora da sala.

Miguel estava deitado em sua cama, ele olhava as anotações de tudo que Agumon havia lembrado e lhe dito, por mais que lesse e relesse não chegava a conclusão alguma, era  contra tudo que a lógica e o que ele aprendera por toda vida apontavam, um mundo alem do nosso. Agumon por outro lado assistia desenhos, no momento era Ben 10 e apesar das reclamações de Miguel era tudo que ele fazia durante o dia todo, alem de comer. Estavam nas mesmas coisas que vinham acontecendo há três dias.

- Você não se cansa disso não? – Miguel novamente implicava com Agumon que já olhava para o rapaz com cara de reclamação e cesura, é quando o digimon para de se mover, apenas suas narinas se mexiam. – Agumon? – Miguel que estava deitado se senta na cama e olha para o dinossauro amarelo que parecia estar farejando.

- Pe... Perigo. – Agumon se levanta e vai até uma janela, rapidamente Miguel o segura, pois seria um choque e tanto um vizinho ver Agumon na janela. – Me solta Miguel, tem algo...

- O que? – Ele tentava entender o que Agumon balbuciava, a cada segundo aquilo fazia menos sentido ainda. Agumon lutava para se libertar dos braços de Miguel que o puxava para longe da janela.

- Digimon! Inimigo! – Agumon solta um berro que assusta Miguel, aproveitando a deixa o pequeno dinossauro corre até a porta do quarto e a abre. – Vem comigo?

- Onde? – Miguel estava desconcertado, sentado no chão – Lutar?

- Claro! Ninguém mais pode com isso! Só eu... – Agumon estava decididamente pronto para a luta, nem lembrava o dinossauro bobo que ficava comendo e vendo desenhos o dia todo. Rapidamente Miguel se levanta, veste a calça jeans e uma camisa vermelha com um grande M dourado em letras garrafais no centro.

- Ce... Certo... – Ele rapidamente desce as escadas atrás de Agumon que já o esperava na porta de casa, na descida passa pelo seu velho skate e instintivamente o carrega junto. – Acho que isso vai ser necessário. – Logo ambos desciam a rua a toda velocidade em cima do skate.

Shopping São Luis.

Era apenas a construção do Shopping, poucas coisas estavam no lugar, só o subsolo onde ficaria o estacionamento dos carros, por estar a noite estava tudo escuro, nem sequer o segurança da obra conseguia ver ali dentro. Assim ficava todas as noites até então. Um fio de luz se tornou visível no meio do estacionamento, as lâmpadas de emergência se ascenderam, era como se tudo fosse energizado, o fio de luz começa a ficar maior até parecer uma fenda que se alarga formando uma espécie de janela onde era possível se ver uma grande mistura de códigos binários em diferentes cores, todos subindo e descendo em velocidades diferentes. A fenda se alagar cada vez mais até ficar quase de um tamanho que um caminhão cegonha conseguiria passar por ela. É quando uma caveira de um tipo de dinossauro é colocada para fora dela, mais o resto do corpo do esqueleto não aparece e sim um braço roxo, seguido por um corpo roxo de uma espécie de dinossauro bem vivo, o outro braço dele também era um cabeça só que de metal e na mesma forma jurássica. O monstro urra, seu rugido é estrondoso, o segurança foge de medo.

- Por aqui! – Agumon havia saltado do skate de Miguel e corria pouco mais a frente, ele entra na obra por um buraco na cerca enquanto o rapaz para frente à mesma.

- Eu num vou caber ai... – Já demonstrando aborrecimento, ele dá meia volta, só que houve o rugido de Deltamon e em seguida um clarão de energia aparece e Miguel não consegue ver o que é pela cerca. – Agumon! – Rapidamente o rapaz sobe no cercado e pula para o outro lado e se depara com a cena.

As janelas que davam para dentro do subsolo estavam destruídas, os equipamentos de obras derrubados e dento do estacionamento Deltamon tentava escapar dali procurando uma saída, pela qual Agumon acabava de entrar para lutar.

- Deltamon... – O pequeno dinossauro olha para o gigantesco ser roxo com três cabeças, duas no lugar das mãos ou garras que deveriam existir, a baba escorria pelas sedentas presas da cabeça central enquanto as demais cabeças abriam e fechavam suas mandíbulas. Ao ver Agumon se aproximando correndo ele se vira para o pequeno dinossauro e joga seu braço metálico para mordê-lo. – Ah, não vai não! – Agumon rapidamente salta sobre o braço de Deltamon e percorre ate seu ombro onde ataca. – Baby... – Antes que completasse o ataque ele é acertado pela cabeça óssea do braço esquerdo de Deltamon e é jogado há alguns metros de distancia batendo em uns sacos de cimento.

- Agumon! – Miguel vinha correndo na direção de seu amigo, mais o grito chama a atenção de Deltamon que se vira para Miguel e prepara seu ataque mortal, as três cabeças abrem suas mortais bocas e começam a carregar energia amarela, logo uma linha conecta as três energias formando um triangulo.

- Fique longe Miguel! Se te acertar! – Agumon tenta se levantar mais alguns sacos de cimento caem em cima dele. – Abaixa!

Deltamon – Triple Force! – A descarga energética em forma triangular vai à direção a Miguel que se tenta se abaixar, só que o ataque é demasiado grosso e com certeza iria acertá-lo.

 - Cuidado! – No ultimo segundo Felipe que a poucos momentos corria pelos arredores empurra Miguel para o lado e ambos rolam para longe do ataque. – Bem na hora hein? – Ele se levanta e espana a poeira de sua bermuda.

- Felipe? O que tu ta fazendo aqui? – Assustado essas foram as palavras que Miguel consegue pronunciar, ele se levanta com a ajuda de Felipe que observa a Deltamon intrigado. “Pronto como eu vou explicar isso pra ele?” Miguel pensava, mais se surpreende com a expressão de Felipe.

- Certo bicho feio, três cabeças... Seja lá no que tu se meteu é encrenca das grossas! Se abaixa! – Novamente Felipe empurra Miguel para o lado para desviarem do novo ataque que Deltamon havia disparado.

- Baby Flame! – Agumon salta de alguns sacos de cimento e cospe sua bola de fogo que ao colidir com o ataque de Deltamon faz ambos explodirem. Aproveitando a cortina de poeira de obra levantada pela explosão ele se reúne com Miguel e Felipe. – Vocês estão bem?

- O lagartinho fala... – Felipe olhava Agumon assustado, ao mesmo tempo procurava por Deltamon que havia sumido em meio à poeira, mais suas pesadas pegadas eram sentidas e ouvidas, o monstro estava à espreita.

- Meu nome é Agumon, muito legal te conhecer... Você tem o cheiro do Miguel, devem ser amigos né? - Agumon olhava para Felipe intrigado esperando uma resposta.

 - Gente conversa para mais tarde, porque o bicho vai pegar... Felipe, vamos cair fora daqui, você também Agumon! – Miguel se levanta e olha em direção a rampa de entrada e saída em seguida começa a correr naquela direção, só que Deltamon sai de dentro da poeira e dispara seu raio mortal.

- Triple Force! – O triangulo dourado vai na direção de Miguel que corria, suas costas se iluminam. Todo o subsolo se ilumina, a explosão era certa, Felipe fica sem reação.

Do lado de fora do canteiro de obras, Alan está de braços cruzados observando tudo, usando seu jeans surrado, tênis, camisa com um par de asas estampados, seu casaco como sempre amarrado na cintura como um super-herói usa sua capa nas costas. – Isso está ficando cada vez mais interessante, mais não devo me meter... – Ele descruza os braços que se revelam enfaixados, desde os cotovelos até os dedos. – As queimaduras ainda doem, preciso descobrir a fonte daquela força. – Na mente de Alan a explosão do digisoul laranja o incomodava, ele sabia que aquela força não veio dele mais a queria, então o ruivo se vai caminhando pela noite, onde logo some ao dobrar uma esquina.

Silas dirigia desinbestadamente, pelo movimento a noite de carros ser pouco, fazia curvas muito fechadas, cortava os demais veículos pela rua, tudo enquanto se guiava pelo GPS ligado ao seu Note book via USB, no banco de trás Solarmon comia latas de refrigerante amassadas, era seu petisco favorito atrás de parafusos com molho de churrasco. – Falta muito Silas? – O digimon se balançava junto com o carro, por duas vezes em uma curva havia se destraido e sido jogado contra o vidro do veiculo.

- Sim e não, estamos meio longe, mais o localizador encontrou a Fenda Digidimensional e marcou o lugar da mesma quando ela se fechou... Só que parece que os dados aumentaram, um pouco mais aumentaram. – Ele faz mais uma curva fechada, na qual Solarmon no banco de trás se choca com o vidro de novo e solta alguns palavrões.

O ataque de Deltamon havia cessado, Miguel havia tentado se proteger com os ante braços em frente o rosto, só que a onde triangulas destrutiva sequer encostou nele, ao abrir os olhos devagar vê que a sua frente está caído Agumon, o dinossauro apresentava várias escoriações e queimaduras alem de respirava fracamente. – Agumon! – O rapaz puxa o dinossauro para seu colo. Felipe agora chutava pedras em Deltamon para lhe chamar a atenção, por estar acostumado e desviar de outros jogadores ele tinha uma agilidade incomum enquanto corria e sempre que podia chutava uma pedra nos olhos da cabeça principal do monstro.

- Mi... Miguel...  – Agumon balbuciava algumas palavras, fazendo um grande esforço ele consegue abrir os olhos e esboçar um sorriso. – Que bom, você está bem...
- Agumon! Porque entrou na minha frente seu burro! O ataque era pra mim! – Miguel estava desconcertado, mais uma vez Agumon lutara por ele e mais uma vez pessoas se feriam por sua causa. – Idiota! – O rapaz fecha os olhos e tenta disfarçar uma lágrima, só que sua atenção é desviada por uma fraca risada de Agumon.

- He...he...he... Eu faria de novo Miguel, você é meu amigo. Agora pega o Felipe e sai daqui... Deltamon está atrás de mim... – Agumon tenta se levantar devagar. Felipe diminuía a velocidade da corrida, não havia muitos lugares para onde correr ali, algumas vigas de sustentação haviam se quebrado, o teto estava rachado.

- Não, não vou deixar você... Já sei faça aquela explosão! Que você fez com o Alan, com certeza vai conseguir derrotar o Deltamon. – O fio de esperança corria na mente de Miguel, se aquela explosão ocorresse novamente seria a chance deles saírem dali vivos.

- Não, não posso... – Agumon agora se esgueirando em uma parede observava Felipe ser arremessando com um golpe da cauda de Deltamon contra um carrinho de mão e cair aparentemente desacordado, sangue escorrendo da boca do rapaz.

- Felipe! Como você não pode Agumon? – Miguel não sabia o que fazer mais, definitivamente fugir parecia impossível naquele momento, naquele espaço e ainda mais com Felipe que obviamente corria muito mais que ele e agora estava desacordado a vinte metros de distancia, com um dinossauro de três cabeças e sedento por sangue no meio do caminho. – De onde saiu aquela explosão? Vai me diz!

- De você! Digimons não conseguem gerar digisoul, você conseguiu expelir o seu! – O dinossauro olhava fixamente para Miguel que não acreditava que pudesse ter feito aquilo. – Sua vontade de parar a luta contra o Alan foi tão forte, que aquilo acordou o digisoul dentro de dentro do seu corpo, se tem alguém aqui que pode explodir o Deltamon é você meu amigo Miguel!

- De mim... – Na mente de Miguel mil coisas se passavam naquele momento, ele se lembra de como desejava parar a luta entre Alan e Agumon, tudo que queria era que nenhum dos dois se machucasse. – Minha vontade...

- Sim e qual é sua vontade agora? – Agumon se joga no chão desviando do golpe de cauda que Deltamon havia lhe aplicado, a força do golpe contra a parede fez o teto começar a ruir.

- Minha vontada... é... Vencer esse bicho e sair daqui! – De dentro do corpo do rapaz, uma chama de códigos binários laranja começa a se incendiar, uma forte vontade de derrotar Deltamon pelo que havia feito a seus amigos nasce em seu peito, logo seu corpo todo estava coberto de Digisoul laranja.

- Isso! Cuidado Miguel! – Agumon não conseguia mais se levantar. Deltamon jogava suas garras/mandíbulas em cima de Miguel que não se move em momento nenhum. – Miguel! – A força do impacto é tanta que abre uma cratera no chão, só que quando o monstro ergue seus braços é que Agumon percebe que Miguel não estava mais lá e sim atrás de si mesmo. – Como? – Antes que pudesse terminar o dinossauro é englobado pela chama que se intensificava cada vez mais, suas feridas desapareciam e suas forças retornavam e aumentavam. – Essa força... Digievolução!
Em seu carro o computador de Silas começa a apitar descontroladamente, um programa que parecia uma espécie de medidor estava no máximo e forçando como se aquilo fosse possível. – Incrível! – Ele freia o carro e sai do mesmo, Solarmon o imita só que flutuando e fica ao seu lado, ambos olhando na direção do canteiro onde a batalha se desenrolava. – Vamos Solarmon precisamos chegar o mais rápido possível! Esses níveis não estão normais!

Solarmon que terminava de comer uma ultima lata vazia concorda. – Sim!

Um forte brilho cobre ambos, Miguel e Agumon. O dinossauro começa a crescer, listras azuis aparecem em seu corpo, uma camada de digisoul adere em sua cabeça formando chifres e um forte capacete, suas presas crescem se tornando verdadeiras laminas assassinas assim como suas garras, seu curto rabo agora era longo. Em seus ombros protuberâncias similares a espinhos brotam. Agumon deixara de ser Agumon, agora um novo ser acabava de nascer. Agumon agora era. – Geogreymon!

Do tamanho de Deltamon, Agumon que agora era Geogreymon encarava o monstro, Miguel perto de seu pé estava desmaiado, não havia sequer sinal da incrível chama de digisoul de segundos atrás. Felipe com toda a movimentação acorda e reconhece Agumon em sua nova forma. – Felipe... – Geogreymon vê o rapaz e o chama, sem desviar o olhar um segundo de Deltamon. – Tire o Miguel daqui.

- Deixa comigo! – Rapidamente o jogador salta do carrinho de mão e corre até os pés de Geogreymon onde Miguel estava desmaiado e o carrega em direção a saída, no caminho Deltamon joga sua mandíbula esquelética na direção do rapaz, mais antes que pudesse acertá-los é segurado por Geogreymon que rosnava.

- Sua luta é comigo! – Aproveitando que segurava o braço esquerdo de Deltamon, com a direita ele dá um gancho na cabeça principal do monstro, que habilmente o morde com a cabeça metálica. – Argh! – Geogreymon urra, mais joga sua cauda por debaixo das pernas de Deltamon e passa uma rasteira que leva o monstro ao chão. – Você vai pagar por atacar o Miguel! – O dinossauro agarra Deltamon pelas mandíbulas dos braços do monstro e o levanta, no caminho o joga para cima com os chifres de sua cabeça. A força do impacto é tanta que Deltamon quebra o teto e vai sendo jogado para o céu. Do lado de fora Felipe com Miguel em suas costas observa a tudo. – Mega Flame! – Pelo buraco aberto por Deltamon no teto Geogreymon dispara sua intensa rajada de fogo no digimon  de três cabeças que sem poder reagir é acertado e se desintegra no ar deixando apenas um ovo com triângulos roxos que cai suavemente no chão.

- Incrível! – Felipe mal consegue acreditar no que vê. Logo depois da impressionante batalha uma pequena onda de Digisoul laranja sai de dentro do buraco e desaparece no ar, em seguida Agumon se pendura pelo mesmo lugar e sai de dentro do estacionamento se reunindo aos garotos.

- Temos que sair daqui! Logo vão chegar mais humanos! – Ele coloca Miguel sobre os ombros enquanto Felipe pega o skate do rapaz que estava jogado em um canto. – Temos de voltar para a casa do Miguel!

- E como? Não dá pra correr, essa luta acordou a cidade inteira! – De fato as sirenes eram ouvidas e logo estariam lá, Felipe e Agumon ficam desconcertados sem ter uma direção para tomar, é quando uma ventania sobre ambos aparece, com esforço o rapaz olha para cima e vê um dirigível se aproximando, era estranho tinha braços e olhos e da cabine de comando um homem jogava uma escada de corda.

- Subam! – Silas estava em Blimpmon à evolução de Solarmon, naquele momento eles eram a única alternativa de salvamento para Miguel, Agumon e Felipe. – Venham comigo!

Continua


Não perca o próximo capitulo de Digimon Project Digital Monsters: A velha história de Silas!

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