segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Digimon PDM: Episódio 07 - A missão dos escolhidos!

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O dia estava nublado, após a chuva da noite anterior todas as ruas estavam molhadas. Na parte “velha” da cidade, em um prédio abandonado, uma fenda digidimensional se abre, sendo maior que as outras fendas cinco seres aproveitam e passam para o mundo humano, todos com formas diferentes e monstruosas. – E então? – O que tinha uma monstruosa voz indaga.

- Varredura feita chefe... Nenhuma forma de vida a menos de trinta metros daqui, sem perigo de sermos escutados. – Um ser menor tinha uma luz vermelha na altura do que deveriam ser olhos, aos poucos a luz enfraquece até que se apaga de vez.

- Lugarzinho seco... Preciso achar alguma água logo... – Outra voz começa a se queixar enquanto se arrasta escadas a cima.

- E eu quero me esticar um pouco, sou um ser dos céus! Ficar trancafiado é o fim. – O ultimo reclama olhando pela janela.

- Esperem! – A primeira voz, ruge fazendo todos se calarem. – Nossa missão aqui é encontrar os digitamas e neutraliza-los... Aquele Leomon foi enviado também... Por enquanto precisamos localizá-lo. Dramon é com você.

- Pode deixar capitão. – Sealsdramon se aproxima da janela e a abre. – Distancia até o chão, quatro metros e meio, voltarei assim que encontra-los. – Terminando de falar o digimon assassino salta e desaparece no ar.

- Não iremos decepcioná-lo General. – A grande voz ruge enquanto observa Sealsdramon partir. – O esquadrão de elite os Anuladores cumprirão mais essa missão.

- De onde vocês tiraram isso!? – Miguel observava Felipe e Luiza cada um com seus digimons nos braços.

- Realmente intrigante... Quer dizer que vocês foram escolhidos... – Silas tomava uma xícara de café enquanto coçava a cabeça.


- É como já dissemos, uma luz estranha apareceu no nosso quarto, abrindo uma espécie de buraco negro e depois esses ovos se materializaram, quando toquei no ovo ele chocou nisso. – Felipe brincava com Puwamon, usando uma pequena bola ele chutava devagar e o bebe digimon cabeceava de volta.



- Exatamente assim, só que saiu essa coisinha estranha. – Pichimon dormia no colo de Luiza que lhe fazia carinho.

- Eu bem que estava pressentindo algo estranho. – Solarmon por sua vez, bebia óleo queimado.

- E porque lhufas não me avisaram? Vocês têm meu celular não tem? – Miguel estava inconformado por ser deixado de lado.

- Tenho só que o senhor não atendeu de jeito nenhum! – De fato na noite anterior, o celular do rapaz estava no vibra call e devido à exaustão de Miguel, ele não conseguiu ouvir.
- Ta foi mal... Silas, e então o que vamos fazer? – Miguel indaga o pesquisador que ainda tomava seu café calmamente. – Responde logo!

- Ta certo... Parece que é algo mais sério do que um digimon que caiu no mundo humano ao acaso, Agumon você realmente não se lembra de nada? – Ele se dirige ao dinossauro que comia uns pães franceses e bebia chocolate.

- Err.. Não.. Só aquele pedaço que falei com o Miguel, íamos contar pra você. – Displicentemente ele volta a comer.

- Bom, parece que meu “grande” parceiro não liga muito, então vou contar o que ele lembrou. - Miguel se senta e começa a contar não só a breve história de Agumon, mais também sobre suas pesquisas que desenvolvia a parte.

Já passava das dez da manhã, Alan havia matado aula também, ele fazia isso pelo menos duas vezes na semana. Após toda uma noite de luta contra um misto de leão e humano de dois metros de meio de altura, o ruivo estava na varanda que dava para os fundos de sua casa. – Está ai? – Falando aparentemente para o nada, Leomon aparece a sua frente.

- Sim. – O digimon leão agora o olhava com respeito, após toda uma noite de luta corpo a corpo, ambos resolveram que era um empate e Leomon o havia aceitado como seu parceiro.

- Você disse que estava em uma missão muito importante, me diga qual. – O rapaz atira um pedaço de carne para Leomon que o espeta em sua espada e arranca um pedaço com suas afiadas presas.



- Por enquanto só estou autorizado a lhe dizer que em breve lutaremos lado a lado, forças inimigas já chegaram aqui, neste momento estou tentando localiza-las. – O digimon, ergue sua cabeça e começa a mover a ponta de seu focinho farejando.

- Isso está cada vez mais interessante. Agora quero saber de outras coisas, o que me diz de um dinossauro baixinho e com cara de imbecil que apareceu por aqui esses dias? – O ruivo observa o leão que terminava de comer.

- Pode ser um digimon qualquer que caiu aqui, segundo dados da nossa inteligência, ninguém do outro lado havia sido enviado para cá. – Leomon começa a explicar sobre digimons para Alan que a cada hora se interessava mais e mais. O rapaz que agora estava mais do certo que algo grande estava para acontecer e que seria muito divertido.

- Entendo... – Finalmente Miguel terminara de contar tudo que sabia. Silas agora se levanta e vai até a janela, em seguida meche em alguns computadores. – Realmente parece que algo grande está acontecendo, primeiro alguém ataca Agumon enquanto ele transportava algo, pelo que me disse queriam se livrar dele jogando-o de um penhasco, teve sorte de uma fenda se abrir na hora certa. Segundo, aquele Deltamon apareceu em seguida, pode ter sido algo ao acaso ou não. Terceiro esses digitamas que com certeza foram enviados a vocês e essa estranha voz. Juntando com esse pedaço de memória que Agumon recobrou, algo muito sério deve estar acontecendo.



- Porque não vamos lá averiguar? – Felipe logo se anima enquanto levava Puwamon na cabeça. – Aposto que seria muito legal!

- Ta maluco? Deve ser extremamente perigoso! – Miguel logo tenta entrever. – Alem do mais quem disse que esses digimons ai são confiáveis?

- Err... Miguel, eles são bebes. – Agumon entra na conversa tentando acalmar seu parceiro. – O máximo que eles fazem é cuspir bolhas para distrair um predador.

- Ir ao Digital World não é tão fácil assim. – Silas contempla pensativo.

- Do jeito que você fala parece que vai lá todo dia. – Luiza indaga o pesquisador, cada vez mais ela se envolvia com tudo aquilo.

- Eu já fiz várias pesquisas sobre lá de fato, mais ir mesmo pessoalmente só uma vez, aquela vez que fui “sugado” com meus velhos amigos. Enquanto estive naquele mundo, fiz várias pesquisas e quando voltei desenvolvi tecnologias, então juntando essas pesquisas com dados do Solarmon eu criei o U.D.E.R.I. – Unidade Digital Espiã Recolhedora de Informações. – Ele tira seu digivice do bolso e ao executar alguns programas, um pequeno ser parecido com um pequeno polvo metálico do tamanho de um mosquito, flutua da sala ao lado até seu dedo. – Com isso eu aproveitei uma fenda digidimensional, enviei alguns para lá. Uderis está equipado com recolhedores de dados em seus tentáculos e câmeras, assim via um sistema tipo Wi-Fi eles me enviam as informações que preciso, alias, eu deixei um deles em cada um de vocês. – Das mochilas dos adolescentes, outros Uderis aparecem voando.

- E então o que faremos? – Miguel pergunta enquanto ignorava o fato de um pequeno espião estar andando junto de si nos últimos tempos.

- Bom, acho que poderemos extrair informações, deles. Com certeza deve estar pré-programados com algum tipo de dados. – O homem se vira ao seu digimon que o olhava com seriedade. – Solarmon pode trazer aquilo, por favor?



- Certo. – O digimon engrenagem, sai flutuando até a outra sala e volta carregando uma caixa de papelão, semelhante a que continha o digivice de Miguel, ao entregar ha Silas o mesmo sorri enquanto a abre.

- Ainda bem que fiz mais alguns desses. – De dentro do pacote, ele joga dois digivices sem cor, um para Felipe e outro para Luiza. – Vocês vão precisar.

- Demais! – O jogador, joga Puwamon para o alto enquanto recebia o aparelho. Luiza apenas o examinava enquanto Miguel olhava bem assustado. – Agora vou poder fazer o Puwamon crescer!

- Silas, tu ta maluco? Envolvendo eles nisso, é muito perigoso! – Miguel, tentava se conter de raiva, o que ele menos queria eram mais pessoas envolvidas.

- Miguel, eles já estão envolvidos queira você ou não. O digivice irá protegê-los, é a melhor coisa a se fazer. – O pesquisador encarava Miguel que por fim se dava por vencido.
- Então teremos que despertar o digisoul deles... – O rapaz encara seus colegas. – Vamos começar logo.

Felipe abre um largo sorriso. – Isso eu já sei, passei a noite toda treinando! – Para assombro de Miguel e Silas, o rapaz continua a sorrir, cerra os punhos e começa a se esforçar. – Vamos apareça! – Com um tom de voz, jamais ouvido antes, Felipe brada e uma chama azul celeste composta por códigos binários aparece.

- Ele... Conseguiu! – Inconformado o domador observa seu colega fazer o que ele tanto sofreu pra conseguir de forma tão fácil.

- Alem disso, está totalmente refinada. – Silas observar a chama de Felipe que ao contrario de Miguel não era tão selvagem, apesar de se mover, formava uma especie de sobre-pele, e nas costas se dividia e assumia o formato que pareciam asas. – Como imaginei um Wind Guardian.

- Agora, é só tentar concentrar no digivice certo? – Felipe fixa o olhar na mão em que segurava o aparelho, o mesmo começa a brilhar e logo toma a cor semelhante ao digisoul, azul celeste. Por fim todo o brilho se finda e o digisoul de Felipe se concentra apenas em sua mão.



- Perfeito, agora você Luiza. – O pesquisador volta sua atenção para a moça que observava a tudo assustada.

- Ce... certo... Focar as emoções né? – Luiza fecha os olhos, em sua mente imagens de sua infância começam a passar, um misto de raiva e tranqüilidade começa a nascer em seu peito, assim como uma chama de códigos binários que também é despertada dessa vez um azul escuro que se movia ritmicamente calmo e tranqüilo em forma de uma esfera. – Eu consegui!

- Desisto... – Emburrado Miguel vai para perto de Agumon e lhe toma um pão. – Dá isso aqui!

- Mais eu to com fome!

- Cala a boca! – O rapaz enfia metade do pão na boca enquanto olhava pela janela.

- Isso é pertubadoramente interessante. – Silas digitava em seu computador. – Pode revolucionar minhas pesquisas, mais bem agora vamos à segunda fase, façam a digievolução.

- Certo! – Felipe e Luiza colocam seus digimons a sua frente, em seguida concentrando seus digisouls, apontam os digivices para eles. Com a rajada azul clara e escura disparada, ambos os digimons começam a brilhar e a crescer. Puwamon ganha um corpo, as seis protuberâncias em sua cabeça se unem formando apenas duas, sua cor muda de marrom para negro, braços que parecem asas e suas pernas são de aves. Pichimon também cresce, uma especie de vestido lhe cobre o recém formado corpo, quatro orelhas nascem em sua cabeça junto, sua pele toma o tom rosa bem suave.



- Falcomon! – Um grande pássaro em forma de coruja pula no ar enquanto batia seus braços/asas. – Felipe, valeu por me fazer crescer!

- E eu sou a Lunamon, é um prazer conhecer vocês. – A digimon parecida com coelha se curva em uma respeitosa reverencia.

- Show! – Felipe grita enquanto apertava as asas de Falcomon. – Você é o meu parceiro então?

- Isso ai, tenho uma importante missão Felipe, te proteger! – A personalidade ativa de Falcomon era idêntica a de Felipe.

- Você é uma gracinha sabia? – Luiza pegava Lunamon que era menor que Agumon e Falcomon, ela se passaria fácil por uma boneca. – Muito fofinha mesmo!

- Ah, que isso assim me deixa com vergonha... – A pequena digimon se aconchega nos braços da sua parceira.

- Ei Miguel... Porque não temos uma relação assim? – Agumon cutuca Miguel que ainda estava emburrado olhando qualquer coisa pela janela.

- Cala a boca! – Miguel acerta um cascudo em Agumon e enfia a outra metade de pão na boca.

- Ai, não precisava bater!

Após os ânimos se acalmarem, Silas chama a todos na sala de reuniões. – Bom, agora vocês poderiam explicar porque foram enviados para cá e o que aquela mensagem de “Você foi escolhido” quis dizer?

- Err... Vou dar uma resumida na história, o Digital World está em um tipo de guerra. De um lado estão digimons super poderosos que se auto-intitulam Deuses, que apenas consideram digimons de alto poder, qualquer um que não corresponda as suas expectativas tem duas alternativas, primeiro se tornar um escravo para os demais, segundo a morte... – Falcomon começa a explicar.



- Nós estamos do outro lado, servimos aos Arcanjos, eles são três Ophanimon aquela que traz a misericórdia e o amor, Cherubimon aquele que guarda e prega a sabedoria e nosso mestre Seraphinmon o que traz a justiça divina. Eles vêm guardando o digital World a gerações, sempre que o mundo se encontra em perigo eles renascem e nos protegem. Só que o inimigo dessa vez é tão poderoso quanto eles. – A pequena digimon coelha, Lunamon fala do colo de sua parceira.

- Miguel... – Agumon tenta chamar a atenção de seu parceiro que o ignora.

- Calado... Continue. – Todos se voltam para Falcomon e Lunamon que continuam a contar sua missão.

- Vocês já devem saber mais humanos são seres muito prezados para nós, com seu poder de nos fazer digivolver instantaneamente, são armas muito poderosas como na historia que...

- Se for a historia de Chaosmon, eles já sabem. – Silas interrompe enquanto bebia seu café.

- Certo, essa guerra vem pendendo para o lado dos Deuses, cada dia mais perdemos território, por isso fomos escolhidos e enviados para cá atrás de humanos que pudessem nos ajudar.

- Ai nós encontramos vocês, só que os Deuses já sabem e enviaram um esquadrão para nos neutralizar. - Lunamon completa.

- Espera, só vieram vocês dois? E porque o Felipe e a Luiza? Alias sabem me dizer se esse Agumon é seu aliado? – Miguel interrompe com várias perguntas. – E cala a boca Agumon! – Novamente ele repreende o dinossauro que tentava lhe chamar a atenção.

- Não, a única coisa que sabemos é que outro digimon foi enviado para cá, seu paradeiro é desconhecido, e esse Agumon, não tenho ideia de quem seja. – O digimon ninja termina.

- Então é isso... – Silas se levanta e vai até a janela. – Digimons vindo para esse mundo com um intuito... Vamos agir logo.

- Miguel! – Agumon começa a gritar numa tentativa desesperada de receber atenção.

- Que foi criatura? Se me pedir comida eu te regrido a forma de ovo! – Finalmente todos lhe dão atenção.



- Não é isso, é que a uns dez minutos eu to farejando um digimon aqui perto! – Por fim Agumon termina de falar. – E se tiver um biscoito ai eu não recuso.

- O que? – Todos começam a olhar ao redor, Silas vai até seu computador principal e começa a digitar. – Solarmon, ligue o scanner digital!

- Pode deixar! – Antes que Solarmon ativasse o scanner Agumon grita enquanto apontava pela janela.

- Ali! – Do outro lado da rua, no prédio da frente algo brilhava contra o Sol, rapidamente um misto de lagarto com armadura se levanta e sai correndo pelo telhado.

- É o Sealsdramon! Ele vai voltar e trazer toda a sua equipe, esse digimon é perito em espionagem! – Falcomon explica para todos. – Temos de impedi-los ou aqui vai ser um alvo fácil!

- Isso ai! Falcomon tu me agüenta? – Felipe olha para seu parceiro que batia asas do lado de fora do prédio.

- Acho que sim, só que por algum tempo... – Antes que pudesse terminar de falar, Felipe salta pela janela e agarra as pernas de Falcomon.

- Vamos nessa! – Falcomon sai voando na mesma direção que Sealsdramon havia corrido logo os outros que ainda olhavam pela janela o perdem de vista.

- Aquele idiota! Precisamos fazer alguma coisa! – Miguel olha para Silas que colocava seu paletó.

- Vamos no meu carro! Seus digivices têm localizadores, posso segui-lo, mais anda logo! – Correndo, todos saem em direção ao elevador.

Continua...

Não perca o próximo episódio! : O leão, o ruivo e a lâmina mortal.

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